sábado, 12 de julho de 2014
"O Modelo dos Modelos"
Refletindo !!!
Entendo que depois de feita a leitura do texto “ O MODELO DOS MODELOS” de Ítalo Calvino pude intender e refletir sobre a prática pedagógica planejada para os alunos com deficiência deve objetivar o favorecimento do desenvolvimento dos processos intelectuais desses alunos. Tal aspecto traz implícito em si a necessidade de conhecermos como esses processos se realizam. Nessa perspectiva, o conteúdo trabalhado nesta unidade objetiva oferecer uma discussão a cerca dos fundamentos teóricos que explicam como se dá o processo de desenvolvimento e aprendizagem desses alunos, para que o professor, a partir da construção dessa compreensão sinta-se seguro para elaborar o seu estudo de caso e seu plano de atividades, a fim de atingir seus objetivos de sua intervenção pedagógica com esses alunos na sala de recursos multifuncionais. Tendo sua gênese a partir de um modelo clínico de deficiência, a educação especial se constituiu como uma área de saber clínico-pedagógica, no qual as práticas desenvolvidas visam a reabilitação do indivíduo com deficiência, para que o mesmo possa ser incluído com excelência à sociedade. No Brasil o ápice desse paradigma deu-se na década de 70 quando os atendimentos eram realizados em Instituições especializadas, com a ultimas mudanças realizadas, foram criadas as salas de AEE para que se pudesse estreitar essas barreiras sociais. De acordo com o senhor PALOMAR as regras precisavam ser perfeitas, lógicas e cuidadosamente organizadas, aos poucos sendo moldadas e modificadas, assim o professor da sala do AEE deverá trabalhar de forma colaborativa e transformadora, não focando apenas na deficiência e sim nas potencialidades, desse modo vale destacar que não existe uma receita pronta, pois cada ser é único, até porque também o atendimento especializado tornou-se uma ferramenta essencial para o processo de ensino aprendizagem nas escolas. Em sua progressiva afirmação prático-teórica, a Educação Especial absorveu os avanços da Pedagogia e da Psicologia da Aprendizagem, sobretudo de enfoque comportamental. O desenvolvimento de novos métodos e técnicas de ensino baseados nos princípios de modificação de comportamento e controle de estímulos permitiu a aprendizagem e o desenvolvimento acadêmico desses sujeitos, até então excluídos do processo educacional.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Sugestões de atividades de baixo custo para alunos com TEA –Transtorno do Espectro Autista.
As
pessoas (pais, familiares, amigos, professores) que convivem diariamente com
crianças com TEA, muitas vezes perguntam-se como conseguir interagir com
eles e especialmente como brincar. É importante favorecer a comunicação e
o sentimento de dependência, uma vez que é um dos maiores problemas de conduta
e comportamento que apresentam. A empatia e os laços sociais são
muito importantes de trabalhar desde bem pequenos, e o jogo é a melhor forma de
fomentá-lo.
É
conveniente ressaltar, antes de continuar, que cada criança é diferente, mas as
características mais comuns produzem-se pelo desvio de uns padrões normais
de desenvolvimento. Especialmente, em três áreas fundamentais: relações sociais
e interação, linguagem e comunicação e atividades e interesses.
Sabendo
isto, como podemos brincar com uma criança com TEA? Quais são os jogos
mais indicados? Como em todos os meninos e meninas, os jogos dependem da idade
e do desenvolvimento evolutivo que apresentam, portanto, isto também é muito
importante ter em conta. O objetivo é conseguir uma boa ligação com a mesma.
Então ai vai algumas sugestões:
Figura 1
Jogo
de raciocínio rápido que envolve as cores, coordenação motora e concentração, o
objetivo e vê quem termina mais rápido as seqüências de cores indicadas, esse
jogo é confeccionando apenas com caixa de papelão e EVA de varias cores.
Figura 2
Envelope das quantidades, trabalhando cores, quantidades numéricas,
coordenação motora, concentração e raciocínio lógico; o objetivo é colocar a
quantidade de palitos solicitada em cada bolso do envelope, depois vamos fazer a
conferencia enfatizando se a quantidade está correta, o que falta ou o que está
sobrando de palitos no bolso, este jogo foi confeccionado com palitos de picolé
pintado de diversas cores, duplex , canetinhas coloridas e fita adesiva também colorida
para ficar mais atrativo.
Figura 3
Prancha de comunicação diária , cola-se em uma superfície, no caso ai,
um papelão bem resistente variadas atividades da vida diária, podendo essas
serem removidas assim que for necessário, determina então uma rotina e uma seqüência
de tarefas, confeccionado com duas placas de papelão figuras diversas e velcro
pra fazer o movimento de destaque.
Agora é só colocarmos em prática e tudo se desenvolve..
terça-feira, 22 de abril de 2014
"Existem
três classes de pessoas que são infelizes:a que não sabe e não pergunta, a que
sabe e não ensina e a que ensina e não faz."
Buda
No que se
diferenciam a surdocegueira e a DMU?
A surdocegueira é uma deficiência única em que o
indivíduo apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da audição. É considerado
surdocego a pessoa que apresenta estas duas limitações, independente do grau
das perdas auditiva e visual. A surdocegueira pode ser congênita ou adquirida e
não é deficiência múltipla. Segundo o fascículo (AEE-DM), as pessoas surdocegas
estão divididas em quatro categorias: pessoas que eram cegas e se tornaram
surdas; que eram surdos e se tornaram cegos; pessoas que se tornaram surdocegos;
pessoas que nasceram surdocegos, ou se tornaram surdocegos antes de terem
aprendido alguma linguagem.
Deficiência múltipla é quando uma pessoa apresenta
mais de uma deficiência, “é uma condição heterogênea que identifica diferentes
grupos de pessoas, revelando associações diversas que afetam, mais ou menos
intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social” (fascículo
DMU). As pessoas com deficiência múltipla apresentam características
específicas, individuais, singulares e não apresentam necessariamente os mesmos
tipos de deficiência, podem apresentar cegueira e deficiência mental; deficiência
auditiva e deficiência mental; deficiência auditiva e autismo e outros.
Quais
são as necessidades básicas desses alunos? A aquisição
de um sistema de comunicação onde eles possam constituir-se como sujeito,
organizando seu pensamento e emoções de modo que dê sentido às experiências
vividas na interação com o meio e com o outro. Intervenções
educacionais estimuladoras e acolhedoras, que resultará em respostas
significativas para o equilíbrio afetivo e cognitivo, onde o ser humano se
constitui enquanto sujeito. Além de favorecer o desenvolvimento do esquema
corporal onde a pessoa possa se auto perceber e perceber o mundo exterior.
Buscando verticalidade, o equilíbrio postural, a articulação, a autonomia em
deslocamentos e movimentos; o aperfeiçoamento das coordenações viso motora,
motora global e fina.
Quais estratégias são utilizadas para aquisição de
comunicação?
Primeiro conhecer a necessidade do aluno, seus
interesses e desejos, a forma como ele se comunica; depois adicionar a
comunicação não simbólica a partir de situações diárias, buscando comunicações
suplementares ou complementares. Além dos objetos de referência que têm a
função de substituir a palavra podem assim representar pessoas, objetos,
lugares, atividades ou conceitos
associados a eles.
associados a eles.
Referências
IKONOMIDIS,
Vula Maria Apostila sobre “Deficiência Múltipla Sensorial”,2010 sem publicar.
BOSCO,
Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R.Coletânea
UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo
05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010).
quinta-feira, 6 de março de 2014
Educação Escolar de Pessoas com Surdez Atendimanto Educacional Especializado em Construção
A história da educação dos surdos passou por diferentes momentos
históricos, desde a primeira escola para surdos, criação e aprendizagem de
gestos (sinais metódicos), a imposição da oralidade até a construção de um novo
olhar pautado em aspectos antropollógicos onde prima-se pela cultura surda.
Em decorrência do crivo da oralidade e da medicalização da surdez a
marginalização vivida pelas comunidades surdas ocorreu em todas as instâncias
possiveis, desde a representação acerca dos surdos até as estratégias
pedagógicas no ambiente escolar.
O que fracassou na esucação dos surdos foram as representações ouvintistas
acerca do que é o sujeito surdo, quais são seus direitos linguisticos e de
cidadania, quais são as teorias de aprendizagem que refletem as condições
cognitivas dos surdos, quais as epistemologias do professor ouvinte na sua
aproximação como os alunos surdos, quais os mecanismos de paricipação das
comunidades surdas no processo educativo.
Somente no século XX na decada de 1960, o olhar sobre os surdos começou a
se deslocar da normativa da medicina para os estudos e observações educacionais.
No Brasil a Lingua de Sinais é denominada Língua Brasileira de Sinais (LBS),
também denominada LIBRAS, é uma lingua de modalidade gestual-visual,
reconhecida como lingua natural dos surdos e constitui o “simbolo da surdez”.
Hoje consideramos que a Língua de Sinais é o único meio efetivo de comunicação
entre os surdos, possibilitando-lhes se desenvolver linguistico-cognitivamente.
Essa nova percepção frente às comunidades surdas, no último séclo,
reconhece o status linguístico da língua de sinais e compreende que os surdos
têm uma cultura surda. Entendendo aqui não como algo unico, estável, mas
plural, representação de diferença.
Considerações como essa têm mudado as representações acerca da surdez,
ocasionando na educação dos surdos significativas mudanças, exigindo que os
professores desses alunos reavaliem e aprimorem seus métodos de trabalho onde
os recursos didáticos estejam coerentes com o avanço tecnológico, e que a
experiencia visual continua-se como uma
marca cultural e pedagogica em todo o processo de escolarização das pessoas
surdas.
A diferença na percepção de mundo para as comunidades surdas perpassa as
tambem uma interface relativa a experiência visual. Sabemos que o contato com o
mundo a interação com o meio para os surdos se constrói a partir do canal
viso-manual e não através da oralização.
Esse fato está diretamente ligado a construção cultural, e a visão que temos de
nós enquanto sujeitos culturais, quais nossas impressões sobre o mundo, o que
somos, para onde vamos? É nesse sentido que se torna tão importante falarmos da
comunidade surda, pois é nesse contexto, que os valores culturais dessas
pessoas, são criadas, nutridas e efetivamente vivenciadas.
Assinar:
Postagens (Atom)