quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Áudio descrição !!!!!!



          Uma nova forma de Inclusão denomina-se como Auto Descrição, muito usada em peças teatrais e museus, uma forma de interpretação sem explicação, bem técnica para que os telespectadores com deficiência visual possam imaginar usando somente a riqueza de detalhes descritos pelos narradores. Assim incentivando, cada vez mais, o deficiente visual a se aproximar da cultura podendo visitar museus, com a ajuda de pessoas que façam a auto descrição juntamente com plaquinhas em Braille e materiais concretos. Tudo fica mais acessível e mais interessante, tornando assim o mesmo muito mais próximo da Inclusão.  

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mais um novo desafio! Quatro novos alunos que aprendo com eles...

Síndrome do X Frágil – Uma nova visão

8 de janeiro de 2013 às 01:46
Ilustração de um cromossomo X (Imagem: Sashkin/Shutterstock)
Ilustração de um cromossomo X (Imagem: Sashkin/Shutterstock)

Você já ouviu falar na síndrome do X Frágil? Poucas pessoas ouviram. Se você já a conhece é, sem dúvida, uma exceção. Antes de falar sobre a abordagem pedagógica do ensino ao aluno com essa síndrome, vamos procurar conhecê-la.

DESCRIÇÃO
A síndrome do X Frágil (SXF) é uma síndrome hereditária e é a segunda causa mais comum (a primeira é a síndrome de Down) de deficiência intelectual. Em 1943, Martin e Bell mostram uma forma singular de deficiência intelectual relacionada ao cromossomo X.  Em 1969, Herbert Lubs descobre uma falha genética num cromossomo X na família de dois irmãos com deficiência intelectual. Em fins de 1970, Grant Sutherland, estudando casos de fragilidade no cromossomo X, denomina essa síndrome de X Frágil.

Pessoas afetadas por essa síndrome apresentam problemas comportamentais, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e, em alguns casos, certas particularidades físicas.


Particularidades Físicas
“Estas características não aparecem em crianças pequenas, mas podem apresentar, como acontece também em outros quadros clínicos, o perímetro da cabeça maior que o normal (macrocefalia) e um tônus muscular diminuído (hipotonicidade), que pode prejudicar sua capacidade de sugar o seio da mãe.

“Segundo do Dr. Salomão Schwartzman, a pessoa com X Frágil pode apresentar frequentes otites médias, sinusites, prolapso da válvula mitral (em 50% dos casos estudados), deslocamento nas articulações e hérnias, convulsões (em 20% dos casos estudados), distúrbios do sono e estrabismo (30 a 40% dos casos estudados).” (SÍNDROME do X-FRÁGIL..., 2009)

Apesar de se parecer com qualquer outra pessoa, pode apresentar as seguintes particularidades físicas, principalmente depois da puberdade: “Face alongada; orelhas grandes e em abano; mandíbula proeminente; macrorquidia (testículos aumentados), principalmente no adulto; “Podem apresentar ainda, ou somente, um ou vários dos traços abaixo: hipotonia muscular; comprometimento do tecido conjuntivo; pés planos (chatos); hiperextensibilidade das articulações; palato alto; peito escavado; prega palmar única; estrabismo; escoliose; calosidade nas mãos (decorrente do hábito de morder as mãos).” (ASSOCIAÇÃO X FRÁGIL DO BRASIL..., 2007)


Particularidades Intelectuais
A manifestação mais presente na SXF é a deficiência intelectual, podendo variar entre uma simples dificuldade de aprendizagem a uma deficiência intelectual grave. Há um atraso na aquisição da linguagem comprometendo sua comunicação.

As habilidades mais acentuadas são: “excelente memória; facilidade em identificar logotipos e sinais gráficos; geralmente bom vocabulário; facilidade para cópia; habilidade para leitura; uso de jargões e frases de efeito.

As dificuldades mais acentuadas estão ligadas à capacidade de abstrair e compreender o sentido das informações. Por esta razão “seguem instruções ao pé da letra; podem dar importância a aspectos irrelevantes; fala fora do contexto; fala repetitiva; ecolalia (repetição do que ouve). Alguns têm prejuízos muito pequenos, com desempenho praticamente normal. Outros têm comprometimentos moderados, mas com atendimentos especializados chegam a bons resultados sociais e funcionais.

Os indivíduos com comprometimento grave sempre precisarão de apoio.” (ASSOCIAÇÃO X FRÁGIL do BRASIL..., 2007)

Características Comportamentais 
“Pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil geralmente apresentam comportamento diferente da maioria das pessoas. São frequentes as seguintes características: hiperatividade; impulsividade; baixa concentração; ansiedade social; dificuldade em lidar com estímulos sensoriais (visão, audição, paladar, tato e olfato), imitação; desagrado quando a rotina é alterada; comportamentos repetitivos; irritação; explosões emocionais e traços de autismo como: agitar as mãos; evitar contato tátil; evitar contato visual. Nas meninas afetadas estes traços são mais sutis. Nelas, a dificuldade de relacionamento social é marcada por timidez acentuada.” (ASSOCIAÇÃO X FRÁGIL do BRASIL..., 2007)


COMO CHEGAR A UM DIAGNÓSTICO 
Um simples exame de sangue, denominado cariótipo, pode identificar a síndrome. Não há como descobrir de outra maneira. As semelhanças com outros quadros clínicos impedem um diagnóstico clínico final.


X FRÁGIL NA ESCOLA
Já falamos muito em Inclusão Escolar em nossos artigos, portanto, não vamos nos demorar acerca dos princípios de uma escola inclusiva que todos já conhecemos (aquela que é acolhedora, alegre, estimuladora, desafiadora, interessante, competente e que apresenta resultados). Mas, vamos ressaltar a forma de interagir com o aluno com esse tipo de síndrome.

Levando em conta que cada criança com SXF é diferente devido ao grau de severidade do caso: 

1. Será preciso conhecer bem de perto sua família e o meio de onde o aluno vem. Ela deve ser consultada quanto ao seu comportamento, às capacidades que apresenta, os gostos e hábitos. Essas informações serão úteis no convívio com a criança. A família deve ser respeitada e apoiada.

2. O corpo docente precisa saber com o que e com quem está lidando, portanto, antes que o período letivo comece será necessário reuni-lo para as devidas orientações e os devidos esclarecimentos (aliás, isto deve ser feito em todos os casos de inclusão). Os professores não podem simplesmente receber um aluno para inclusão sem nem mesmo saber do que se trata.

3. Os alunos da escola deverão receber esclarecimentos e orientações sobre a síndrome, e deverão ser aconselhados quanto ao respeito e à empatia necessários para um bom relacionamento com o aluno incluído, proporcionando-lhe as necessárias condições sociais para o melhor aproveitamento escolar possível.

4. A coordenadora pedagógica deverá convocar reuniões de planejamento, no mínimo bimestrais, a fim de adequar o ensino à capacidade do aluno X Frágil, estudando com os professores e oferecendo-lhes meios para aprimorar sua didática e sua dinâmica de ensino.

5. Os pais dos demais alunos deverão ser esclarecidos quanto à filosofia da escola e quanto à realidade do aluno incluído, a fim de que cresçam com seus filhos no respeito às diferenças.


Na Sala de Aula
1. “Evitar salas e locais com mais barulho;
2. “Buscar o apoio dos colegas;
3. “Tratar de acordo com a idade;
4. “Abusar de recursos visuais, permitir uso de computador;
5. “Estimular a solicitação de ajuda e o pedido de instruções;
6. “Usar instruções curtas e simples;
7. “Permitir saídas estratégicas da sala.


Quanto ao Conteúdo
1. “Adaptar os conteúdos curriculares, com ajuda da equipe da escola;
2. “Fornecer material em sala pertinente às suas condições atuais de aprendizagem;
3. “Trabalhar conteúdos práticos para o seu dia a dia;
4. “Auxiliar a retirar da matéria o que é mais importante;
5. “Participação oral, sem necessidade de fotocópia.


Quanto à Avaliação
1. “Baseada no contexto social;
2. “Com ajuda de: colegas, professor, acompanhante;
3. “Provas orais com menos questões e com mais tempo;
4. “Solicitando trabalhos;
5. “Pelo progresso individual e com base em suas dificuldades reais”. (A INCLUSÃO ESCOLAR...)


Carinhosamente,
Charlotte


Referências:Associação X Frágil do Brasil – AXFRA. Síndrome do X Frágil - Uma Síndrome com Simpatia. Disponível em: <http:>. Acesso em: 11 outubro 2011.SCHWARTZMAN, José Salomão. Síndrome do X-frágil. Disponível em: <http:>. Acesso em: 11 outubro 2011.LINHARES, Liz; JENDIROBA, Mirelli; MARCHETT, Simone E. A Inclusão Escolar do Portador da Síndrome do X Frágil. Disponível em: <http:>. </http:></http:></http:>

COMPARTILHEM...
FONTE: http://www.educacaoadventista.org.br/educadores/educacao-especial/882/sindrome-do-x-fragil-uma-nova-visao.html

domingo, 15 de setembro de 2013

Tecnologia Assistiva

Taboa de pulsão:
- Esse recurso consiste em uma taboa de madeira em que um lado e revestido com formica branca v o outro com cortiça ou EVA, junto com ele completa dois lápis de cabo de vassoura o largo e outro mais estreito que na ponta podemos colocar um prego com sua ponta pontiaguda para fazer alguns furos se necessário, o objetivo é: no lado da formica branca trabalhar a criatividade em forma de desenho ou escrita podendo apagar a qualquer hora como se fosse um quadro branco usando sempre a imaginação para variadas atividades, já o outro lado, sempre trabalho o tônus muscular, entrego ao aluno um papel em branco com vários pontinhos para que ele junto com o lápis groso u fino faça o mesmo então com isso trabalho sua coordenação motora e sua força pois ele tem a possibilidade de ultrapassar o papel perfurando assim a parte de cortiça, com isso posso trabalhar sua pinça depois com atividades que ele não possa furar e ai ele vai controlando sua força.






terça-feira, 27 de agosto de 2013

Hábitos que podem prejudicar seu cérebro...

Temos muitas manias e hábitos que executamos quase que diariamente. No entanto, temos  tendência a não reconhecer  que esses hábitos podem causar alguns danos cerebrais. 


1. Pular o café da manhã e ir direto para o almoço.

Pessoas que não tomam café da manhã normalmente tem um menor nível de açúcar no sangue. Isso acaba gerando uma insuficiência de nutrientes ao cérebro, causando a degeneração do mesmo.



2. Comer demais. 

Comer em demasia provoca o endurecimento das artérias cerebrais, que resulta em uma diminuição no poder mental. Ao realizar uma tarefa, tal como montar um quebra-cabeça, redigir um texto, sua concentração ficará reduzida.



3. Fumar

O fumo não só prejudica os pulmões, como também o cérebro. A nicotina do cigarro contém algumas substâncias que causam o encolhimento do cérebro, podendo até causar doenças, tais como o Alzheimer.





4. Alto consumo de açúcar 

Grande quantidade de  açúcar diminui a absorção de proteínas e nutrientes, causando má nutrição,  interferindo no desenvolvimento cerebral.




5. Exposição a poluição do ar 

A inalação de ar poluído diminui a oferta de oxigênio, provocando uma diminuição na potência cerebral. 





6. Dormir pouco

O sono é extremamente essencial. Ele permite que o nosso cérebro descansar, sendo que a privação de longa duração de sono acelera a morte de células  cerebrais.




7. Cobrir a cabeça durante o sono

Aumenta a concentração de dióxido de carbono e diminui a concentração de oxigênio, que acaba causando efeitos prejudiciais no cérebro.





8.  Trabalhar  durante uma doença

Isso é bastante comum, trabalhar ou estudar quando estamos doentes, mas, além da dificuldade do cérebro para responder nesse estado, acabamos prejudicando-o.







9. Falta de pensamentos estimulantes 

O pensamento é que a melhor maneira de treinar o nosso cérebro. Ter conversas sensatas, escrever textos, ler bons livros, assistir a bons filmes são algumas das formas que podemos estimular bons pensamentos.






10. Falar pouco ou deixar de praticar conversas inteligentes

A fala estimula a potência do cérebro. Conversas profundas ou intelectuais promovem a eficiência cerebral.








Como suspeitar de autismo numa avaliação psicopedagógica!

Autora desse texto: Simaia Sampaio
É incomum recebermos crianças para diagnóstico psicopedagógico antes dos cinco anos de idade, entretanto as escolas já se sentem mais seguras em identificar e sinalizar aos pais que a criança não está acompanhando como uma criança de sua idade, seja em relação à linguagem ou ao comportamento, e finalmente perceberam que não cabe mais aquela fala que “cada criança tem seu tempo”, pois isto acarreta em um adiamento de um diagnóstico cujo tratamento poderia ser iniciado desde cedo, favorecendo uma re-habilitação eficiente.
Não cabe ao psicopedagogo dar qualquer diagnóstico em relação a alterações no comportamento, pois esta é uma função do médico psiquiatra ou neurologista, mas o psicopedagogo será capaz de perceber se a criança está respondendo como uma criança de sua idade, se sua aprendizagem está fluindo bem ou se há atraso em seu desenvolvimento seja em relação à linguagem, à psicomotricidade ou ao comportamento que possa prejudicar uma aprendizagem acadêmica. Além disso, poderá identificar se as causas de possível atraso estão relacionadas ao ambiente familiar, a uma imaturidade ou se há suspeita de um déficit neurológico devendo fazer o encaminhamento para o serviço de neurologia.
Na verdade o professor em sala de aula é bastante capaz de perceber estas diferenças de desenvolvimento, pois trabalha com crianças de mesma idade e pode constatar diariamente a produção individual de cada um. No entanto, o professor é limitado, ele não tem acesso às informações familiares para que possa entender o contexto, e não é sua função realizar esta investigação mais aprofundada, já que a ele cabe a mediação do conhecimento mais sistemático.
Em psicopedagogia ouvimos muito dizer que a aprendizagem não diz respeito apenas aos conteúdos escolares (aprendizagem sistemática), desta forma podemos concluir que o psicopedagogo poderá também buscar identificar se esta criança pré-escolar está realizando boas aprendizagens assistemáticas, que possam prepará-la para as sistemáticas mais tarde, e não esperar que ela complete sete anos para fazer uma avaliação, pois poderá ser tarde demais, já que será mais difícil organizar as redes neurais, principalmente no caso dos autistas.
Para tanto é imprescindível que o psicopedagogo tenha conhecimento destas fases de desenvolvimento infantil, segundo Piaget, e experiência na observação de crianças pequenas para que tenha condições de suspeitar de alguma alteração mais acentuada no comportamento.
O autismo é uma síndrome difícil de ser diagnosticada quando não é a forma mais grave da doença. Ela afeta as crianças em diferentes níveis, do mais brando ao mais severo, mas é possível perceber alguns traços do espectro do autismo neste ambiente lúdico da psicopedagogia.
Para uma criança na idade de três a seis anos não necessitamos de muitas sessões para a avaliação, pois não há provas a serem aplicadas. Reservamos cerca de três a quatro sessões para realizar uma observação lúdica da interação desta criança com o ambiente, além das que devem ser realizadas com os pais como anamnese e devolutiva. Ao realizar a primeira sessão com a criança, que chamamos de EOCA (Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem) devemos oferecer-lhe alguns brinquedos de montar, de encaixar e dentre estes alguns que contenham coisas que giram, pois o autista tem um fascínio por objetos que rodam e podem ficar por um longo tempo envolvido nesta ação de girar, como rodas de carro por exemplo. Devemos também deixar à disposição objetos que possam ser classificados por tamanho, por cores, pois esta é outra característica do autista. O autista não interage de maneira lúdica com estes brinquedos, ele não brinca, ele procura organizá-los de uma forma sistemática geralmente colocando-os enfileirados. O mundo do autista é um mundo metódico e sistemático, onde ele gosta que as coisas estejam sempre do mesmo jeito, na mesma ordem, priorizam ao máximo a rotina e se sentem confortáveis e seguros com ela. Podem ficar nervosos e agitados se encontrarem um móvel fora do lugar na sessão seguinte. É por isto que não é qualquer consultório que pode receber uma criança autista, pois este deve ser organizado para ter o mínimo de estímulos que possam afetar a sensibilidade natural destas crianças.
Devemos observar também se esta criança apresenta maneirismo, estereotipias, ou seja, se há movimentos atípicos com as mãos como se as mexessem no ar, ou se seguem rituais. É possível que estes comportamentos não se apresentem de forma intensa no consultório, mas deverão ser sondados com a família durante a anamnese.
Observe durante as sessões se ela utiiza sua mão como ferramenta, ou seja, se ao invés dela pegar o objeto ela pega sua mão e leva até o objeto para que você pegue. É importante lembrar que nem todos os sintomas irão estar presentes em uma mesma criança com autismo.
Normalmente a criança autista possui dificuldades em imitar gestos. Então um teste bem simples é solicitar que a criança imite alguns gestos corporais, manuais e faciais. Também possui dificuldade em reconhecer expressões faciais, ou seja, dificuldade em identificar quando o outro está feliz, triste, com cara de nojo, de espanto etc. É interessante fazer cartões com imagens de pessoas com diversas expressões e pedir que a criança as identifique.
É importante deixar a criança livre com bonecos, carrinhos etc para observarmos como a criança interage, se há um brincar intencional, o que não acontece com o autista.
O profissional deverá observar se a criança atende quando é chamada. Esta questão é muitas vezes confundida com uma surdez, por isto é sempre importante solicitar uma audiometria recente, em qualquer diagnóstico, para estar pronta antes do fechamento da avaliação. É comum que o profissional pense em um TDAH quando sabe que a criança ouve bem, mas não atende quando é chamada. Neste caso é importante avaliar outros aspectos, pois o tdah pode não olhar por estar distraído, mas não apresentará outros sintomas que já foram descritos e um muito importante que deve ser levado em consideração que é o olhar. Os autistas pouco ou quase nunca olham pelo incômodo que sentem. Carly, que vive nos EUA, é uma autista que conseguiu se comunicar através de um computador a partir dos dez anos de idade e contou que ao olhar para o rosto de uma pessoa, é como se seu cérebro tirasse milhares de fotografias o que a incomoda e faz com que evite o contato ocular.
Considerando que o autismo tem base genética é importante observar este pai ou esta mãe quando conversamos com eles. Existem autistas adultos que podem passar despercebidos, que se casam e nunca receberam diagnóstico, mas possuem um relacionamento muitas vezes conturbado pela dificuldade em expressar seus sentimentos ou entender os do cônjuge. Ao realizarmos a anamnese devemos estar atentos como se comportam este pai ou esta mãe, se nos evitam olhar nos olhos, se há uma inquietação, devemos perguntar se ficam incomodados com barulhos, como é sua organização etc.
Uma visita à escola é imprescindível para observar sua interação social, sua comunicação que são as áreas mais comprometidas da criança autista. Normalmente tendem a isolar-se do grupo, mesmo quando sua linguagem se desenvolve assim como sua cognição como é o caso do Asperger, mas que também está dentro do espectro do autismo.
Chegamos agora num ponto que gostaria de chamar bastante atenção. Muitos psicopedagogos recebem alguns adolescentes para avaliação psicopedagógica, aplicam as provas operatórias, identificam que seu cognitivo está bem. Sua linguagem é desenvolvida, porém muitas vezes há alterações na prosódia e apresentam manias e isolamento. O psicopedagogo poderá pensar que são hábitos da adolescência ou que é um adolescente tímido, mas inteligente e não suspeitam de um possível espectro do autismo. Normalmente estes adolescentes são retraídos, não gostam de contato social, apresentam fixação por um determinado assunto, evitam o contato visual e apresentam alguns rituais de comportamento. Muitas vezes já passaram por outros profissionais que nem suspeitaram de que pudesse se tratar de Síndrome de Asperger.
Particularmente já tive duas situações em que supervisionei psicopedagogas diferentes, realizando avaliação de adolescente e que não se deram conta de que poderia se tratar do espectro autista, pois havia maneirismo, isolamento social e apesar de terem a linguagem preservada a prosódia era alterada.
O objetivo de uma avaliação precoce é possibilitar que esta criança tenha a chance de ser submetida às terapias adequadas enquanto sua rede de neurônios ainda esteja apta a realizar novas conexões com mais facilidade, pois a re-habilitação torna-se mais difícil caso esta fase seja ultrapassada sem estímulos adequados.
A Escala C.A.R.S é utilizada como avaliação complementar e deverá ser aplicada junto aos pais e à escola. Clique aqui para obter a Escala CARS:http://simaia.blogspot.com.br/2013/08/escala-cars-autismo.html 
A terapia mais indicada é a cognitivo comportamental, através da qual a criança irá aprender que não precisa se agredir para se comunicar. Ela irá aprender uma nova linguagem de comunicação, a agir com mais autonomia, a saber esperar, etc. A instituição AMA trabalha desta forma, infelizmente são poucas as vagas. Um consultório de psicopedagogia poderá se propor a trabalhar sua mobilidade cognitiva, sua autonomia, mas irá sempre precisar de um trabalho multidisciplinar envolvido, mesmo que não seja no mesmo espaço, cuja equipe deverá estar sempre conversando e traçando os melhores caminhos de tratamento, nunca esquecendo que os pais também deverão passar por um processo de psicoterapia, pois normamente abandonam suas vida em prol desta criança.
Simaia Sampaio é Psicopedagoga Clínica há mais de dez anos realizando diagnóstico e intervenção. Especialista em Neuropsicologia da Aprendizagem. Graduada em Pedagogia. Graduanda em Psicologia. É autora de livros na área que poderão ser adquiridos em seu sitewww.psicopedagogiabrasil.com.br. É palestrante e ministrante de cursos.
Marcação de consulta: psicosimaia@ig.com.br (Salvador/BA)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Atribuições do professor da SRM!!!!!

O professor da SRM deve ter como base a sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área, para que possa contribuir de maneira evolutiva desenvolvendo um trabalho de caráter complementar ou suplementar, voltado para a formação dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, considerando as suas necessidades especificas de forma a promover acesso, participação e interação nas atividades escolares. Ele perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, sem substituí-los, garantindo o direito de todas as crianças, jovens e adultos à educação escolar comum. O professor do AEE atual, não ensina aos alunos com deficiência os conteúdos escolares, sua função é, observar a realidade do aluno, identificar problemas e criar possibilidades adequadas à superação das barreiras que impede-o, de se desenvolver plenamente na escola e fora dela Tendo assim várias formas e metodologias de desenvolvimento de resultados, com tudo é de atribuição do professor da sala de SEM, informar a comunidade escolar acerca da legislação e normas educacionais vigentes que assegurem a inclusão educacional; Gerir e zelar de todo equipamento tecnológico das salas de recursos; Participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca de atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos; Fortalecer a autonomia dos alunos para decidir, opinar escolher e tomar iniciativas a partir de suas necessidades e motivações; Preparar materiais específicos para uso dos alunos atendidos, Indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros recursos existentes na família e na comunidade; Articular com gestores e professores para o uso do projeto pedagógico da instituição de ensino se organize coletivamente numa perspectiva de educação inclusiva; Realizar atividades que estimulem o desenvolvimento dos processos mentais: atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem entre outros, para que todo esse trabalho seja realizado, é necessário que seja feito uma investigação detalhada e individual de cada aluno, fazendo assim u m estudo de cada caso especifico para que possamos realizar um plano de estratégias de como trabalhar com cada aprendente, buscando resultados e atingindo metas desejadas ,pois fica aqui bem claro que Sala de Recurso Multifuncional não é sala de reforço escolar, nem tão pouco um lugar onde alunos indisciplinados ou mesmo com deficiência que estejam “atrapalhando” a aula possam passar o tempo (Nesse ultimo caso a coordenação pedagógica juntamente com o profissional do AEE, avaliara a melhor atitude a ser tomada), por isso é tão importante a investigação e um plano de ação bem elaborado, pois através dele teremos como avaliar melhor o desenvolvimento do nosso aluno, podendo fazer as alterações que forem necessárias do decorrer do processo de ensino x aprendizagem. A garantia de acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas contribui para a construção de uma nova cultura de valorização das diferenças.
 O AEE é realizado no contra turno do horário da sala comum, fazendo com que esse atendimento tenha toda uma metodologia adequada a cada ser.





















sexta-feira, 14 de junho de 2013

O papel da escola e dos educadores frente aos artigos educacionais, entendendo um pouco mais o que é a SRM.

É visível a expansão no Brasil das matriculas iniciais no ensino básico e fundamental de crianças com alguma deficiência, sobretudo a partir da década de 1990, e, com esse avanço, o centro das preocupações governamentais passou a ser a garantia de qualidade do ensino, já que os resultados de avaliações têm mostrado que a aprendizagem dos alunos está aquém do direito de acesso educação, pois muitas crianças e jovens ainda estão fora das escolas.
            Considerando que o discurso governamental e a legislação educacional brasileira vêm reforçando o propósito de atender a alunos com necessidades educacionais especiais, preferencialmente na rede regular de ensino, em classes comuns, o que justificaria essa ampliação das matrículas também na rede privada? Seria a demonstração do descompasso entre o discurso pela integração, e ,mais recentemente, pela inclusão escolar, e as ações governamentais? Ou o setor privado se configura, na maioria das vezes, como alternativa única quando o aluno apresenta limitações mais acentuadas, necessitando de recursos e serviços mais específicos e não disponíveis regularmente nas escolas públicas? Essas são apenas algumas das perguntas que continuam sem resposta.
            Na LDB Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 13VII –Informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a freqüência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola; Onde esse tipo de postura já se é vista em muitos estabelecimentos escolares.
            É visto também na mesma LDB Art. 13 que: Os docentes incubir-se-ão de: IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento. Com essa atitude pedagógica reduziria a evasão escolar, mas não é isso que somos acostumados a presenciar nas nossas redes escolares, devido ao grande número de crianças em sala fica difícil proporcionar assistência individual a elas, acontecendo com isso o atraso escolar e muitas vezes a desistência da freqüência ao estabelecimento escolar. Consta no mesmo Art.13 VI Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade, mas devido a grande desestruturação familiar dos dia de hoje, isso não acontece, dificultando assim a forma de aprender , ficando assim mais difícil sonhar com escola ideal para todos. No entanto no Art.58 inciso 10 Haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender ás peculiaridades da clientela de educação especial, contudo é isso que esperamos que venha a ter em todas as escolas e não só em minoria delas, de forma que possamos atender com qualidade toda essa demanda.       
Uma das constatações possíveis neste momento de reflexão é que nossas tarefas ainda são inúmeras, mas devemos identificar prioridades, denunciar ações reprodutoras de iguais atitudes sociais para com essas pessoas, acompanhar ações do poder público em educação, cobrar compromissos firmados pelos governantes em suas campanhas eleitorais e em planos de governo, além de ampliar e sedimentar espaços de participação coletiva e juntar forças para resistir e avançar na construção de uma sociedade justa, cujos valores humanos predominem sobre os de mercado.
            Em que pesem as divergências nos discursos e nas propostas, para alcançarmos a tão sonhada qualidade de ensino, também pela universalização do acesso à educação e pela democratização de conhecimento, deve-se exigir a revisão do papel do Estado, garantindo que assuma como prioridade a administração e o financiamento de políticas sociais, particularmente as de educação. O que se deve evitar é o descumprimento do poder público com a educação e que a inclusão escolar acabe sendo associada como mero ingresso de alunos com necessidades educacionais especiais nas classes comuns.  




















terça-feira, 4 de junho de 2013

Alguns endereços virtuais que falam sobre inclusão!!!!!

 (http://www.bengalalegal.com/blog/?p=32)
 (http://aeepalloma2013.blogspot.com.br/)
 (http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/lst_educacao-especial.shtml)

O QUE É INCLUSÃO!!!

         A expressão “inclusão social” tem sido bastante veiculada e discutida pelos mais amplos e diversos setores sociais. Há vários conceitos para esse termo, mas existe uma unidade, isto é, um ponto em comum: a inclusão social introduz um novo horizonte para a sociedade, pois indica outra etapa no processo de conquista dos direitos por parte dos mais diversos segmentos sociais, tais como, pessoas com deficiência, os explorados, excluídos e discriminados em razão da raça, do sexo, da orientação sexual, da idade, da origem-etnia, etc.”… “A melhor maneira de compreender a inclusão social é entendê-la no sentido prático, de fazer da inclusão social a vida real das famílias e das comunidades – como ponto de partida para a melhoria das condições de vida dos excluídos, prevendo a redução das desigualdades sociais. É padrão a definição de “inclusão social” como sendo “o processo mais aperfeiçoado da convivência de alguém, tido como diferente, com os demais membros da sociedade, tidos como supostamente iguais. A “inclusão social” constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidade para todos.

Os desafios de se fazer um ensino a distancia

Os desafios de se fazer um ensino a distancia. Ana Karine de M. Ferreira Pacifico Juazeiro do Norte 26.04.2013 O Ensino a Distância recebeu considerável impulso a partir da aplicação de novas tecnologias, notadamente aquelas que envolvem a Internet. A facilidade com que ela vem se desenvolvendo, vem ampliando o público desta modalidade de ensino ao mesmo tempo em que confronta aqueles que trabalham em educação com novos desafios dentro de uma nova realidade. O Ensino a Distância vem surgindo nos últimos anos como uma das mais importantes ferramentas de difusão do conhecimento e de democratização da informação. O incremento da diversidade dos recursos humanos colocada à disposição dos estudantes que o aprendizado a distância proporciona pode colaborar de maneira bastante eficaz na preparação de profissionais para a competição num mercado mundial de trabalho, pois cada dia mais é ampliado o número de lugares onde essa tecnologia pode alcançar e o número de pessoas que podem se beneficiar com essa nova metodologia de estudo que está cada vez mais comum em nossas vidas, vencendo os desafios e as diferenças entre os que dependem da tecnologia para aprender, driblando assim as dificuldades e chegando cada dia mais perto de uma igualdade social. No meu caso tive dificuldade no começo por não está ainda familiarizada com a tecnologia a ser usada no curso, mais é sempre bom pegar orientações de quem já sabe um pouco mais, tirar as duvidas e tentar fazer aprendendo sempre coisas novas, espero melhorar cada dia mais e poder ser a próxima pessoa em ajudar outras pessoas que vão estar com as mesmas duvidas que tenho hoje, mas que procuro sempre resolver com trocas de informações e interatividade com os colegas. “Chegará o dia que o volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas aulas de nossas escolas; em que o número de estudantes por correspondência ultrapassará o dos presenciais” William Harper, 1886 Educação à Distância com sucesso envolve interatividade entre professores e alunos, entre alunos e o ambiente de aprendizado, e entre os estudantes. Quanto mais familiares os professores estão com o projeto instrucional e com o processo de passar essas instruções, mais eficientes serão suas aulas. Na prática, eles precisam utilizar métodos de diversificar as apresentações, selecionando várias atividades e interações entre aluno e professor, escolhendo situações e exemplos relevantes aos seus alunos e avaliando o nível do aprendizado de alunos à distância. Eles também precisam prover orientação abundante, desenvolvendo cursos à que utilizam áudio e textos.Esse curso do AEE no qual estou participando tem a vantagem de que a nossa tutora local os equipamentos que as alunas irão usar durante o curso. Estando familiarizadas com o ambiente do curso, as alunas poderão engajar-se melhor no processo de aprendizado. Esse curso oferecido pelo MEC na Internet tem a flexibilidade de ser acessado em qualquer lugar e em um horário que seja conveniente, permitindo a troca de informações entre estudantes e instrutores em tempo real ou via e-mail. Além disso um curso feito a distância elimina a necessidade de alunos ou instrutores viajarem, o que representa significativas economias em transporte, hospedagem e refeições e ainda se beneficiar-se de educação moderna com qualidade e de alto nível recebendo supervisão individualizada de um Conselho de Tutores, constituído por profissionais diplomados, competentes, qualificados e devidamente credenciados. É importante observar que o ensino a distância não pode ser vista como substitutiva da educação convencional, presencial. São duas modalidades do mesmo processo. O ensino a distância não concorre com a educação convencional, tendo em vista que não é este o seu objetivo, nem poderá ser.