quinta-feira, 10 de maio de 2012

    Nossa escola promoveu no ultimo dia 04.05,2012 um mine curso com duração de 80h, junto com alguns profissionais da saúde e da educação , a fim de orientar as professoras e funcionários em relação aos cuidados em prevenção de acidentes relacionados a nossas crianças, foi muito proveitoso, tiramos muitas duvidas, em relação ao assunto, como proceder em caso de queda, cortes, ingestão de objetos estranhos e engasgos, o curso teve a entrega de certificados e todo agora sabem como proceder em caso de primeiros socorros.
    Foi muito proveitoso agora nos sentimos mais seguras no que fazer em determinadas citações.

Ana Karine.  

FACULDADE DE JUAZEIRO DO NORTE – CE – FJN
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA
DISCIPLINA – SEMINÁRIO TEMÁTICO













A IMPOTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS DEFICIÊNTES OU NÃO.




Acadêmica:
Ana Karine de Morais Ferreira Pacifico

Apresentação


Quando se fala em Psicomotricidade, acredita-se que seja algo ligado ao corpo, complicado e que poucas pessoas têm acesso a esse conhecimento. Quanto a recreação, a maioria das pessoas pensam na brincadeira como simplesmente uma brincadeira, realmente podemos pensar dessa forma, porém sabemos que quando envolvemos o movimento em brincadeiras rotineiras de sala de aula, já estamos praticando psicomotricidade que por sua vez também estamos inovando nossa foram de transmitir nosso conhecimento e a nossa pratica pedagógica, tornando mais fácil de que a criança aprenda e absorve com prazer aquilo que queremos transmitir, pois dessa forma estaremos usando a linguagem delas e interagindo de igual para igual. Por meio do brincar a criança cria consciência do corpo. O ser humano é lúdico, independente de qualquer limitação que ela venha à ter e o brincar colabora de forma harmoniosa com o surgimento das expressões psicomotoras. É brincado que a criança aprende a trabalhar suas frustrações na medida em que perde ou ganha. Esse fator torna-se inerente ao conhecimento e fortalece emocionalmente o indivíduo e as relações com o outro e por isso que afirmamos que o movimento em forma de brincar é a forma mais completa de comunicar com a criança e até mesmo com o outro seja ele criança ou adulto, pois promove a comunicação, a verbalização, a criação e o desenvolvimento da função simbólica: capacidade de representar formas conscientes (casa, objetos e situações) e a capacidade de expressão da fantasmática. A representação simbólica é vivenciada de forma verbal e não verbal, através de associações com as experiencias vividas. Ex: Um menino e uma almofada. A almofada representa o carro e ele o motorista e a ação total a identificação do pai dirigindo o automóvel. Com a boca ele produz o barulho do motor e o seu corpo se ativa psicomotoramente, ou em uma simples situação de brincadeira de boneca que as meninas sempre tendem a imitar a mãe colocando para dormir ou dando de mama. Uma vez que falamos com educadores , jamais devemos considerar essas afirmações únicas e verdadeiras.

Objetivos específicos:

  • Estimular atividades motoras alem das dimensões cinéticas, que levem a criança aprender a conhecer seu próprio corpo e a se movimentar expressivamente;
  • Oferecer um caminho para trocas afetivas;
  • Facilitar a comunicação e a expressão das ideias;
  • Possibilitar a exploração do mundo físico e o conhecimento de espaço e da apropriação da imagem corporal.

Objetivo Geral:

  • Promover percepções rítmicas através de reações novas, jogos corporais e danças, desenvolvendo habilidades motoras finas no desenho, na pintura, na modelagem, na escultura, no recorte e na colagem, a nas atividades de escrita.

Metodologias:

  • Aula expositiva;
  • Dinâmica corporal;
  • Mensagem de reflexão;
  • Jogo do reconhecimento da venda;
  • Atividade psicomotora surpresa
Materiais usados

Netbook
Papel oficio
Vendas para os olhos
Data show
Brinquedo tradicional


Considerações Finais.

Podemos concluir que a psicomotricidade é algo de corpo inteiro, corpo e alma e que junto com o brincar entrelaça o prazer de aprende, e que ao interagir com o outro cria-se motivações e experiencias que se tornam formas de entendimento do circulo social, a visar possíveis regras e determinações de espaço e interação. Movimento com inteligencia, nos fazem pensar sobre o que vamos fazer. A recreação nos oferece variadas atividades lúdicas que nos auxiliam no aprendizado das diferenças e torna todos iguais nesse momento único de descontração, podendo usar diferentes disciplinas escolares e o conhecimento da psicomotricidade permite ao professor compreender o como a criança aprende, quais os processos cerebrais que vão acontecendo no desenvolvimento da percepção, da memorização, das estruturas rítmicas, do esquema e imagem corporal da tonicidade são um apoio funcional e indispensável para a representação mental e física de um movimento e do aprendizado em geral.


O brincar é um ato social que permite uma comunicação através de gestos, mesmo que não haja comunicação verbal. É no brincar que a criança tem a oportunidade de expressar o que está sentindo ou necessitando; é através das brincadeiras, do faz de conta, que a criança constrói o seu mundo imaginário situado em experiencias vividas. A criança utiliza-se do brincar para construir sua aprendizagem, porque é na brincadeira que ela explora situações usando a imaginação e libera seu eu criativo, realizando seus desejos mais íntimos.” (Goretti,p.s/d)



Referencias bibliográficas:





Grude as  bolinhas





Identificando a lateralidade



PREFEITURA MUNICIPAL DE JUAZEIRO DO NORTE
Oficina – Fazendo Arte “ Brinque e Aplique”
Oficineira – Ana Karine de Morais Ferreira Pacifico











Oficina:
Fazendo Arte “ Brinque e Aplique”








Ana Karine de Morais Ferreira Pacifico
(Pedagoga e Psicopedagoga Institucional e Clinica)






“O fundamental no aprendizado do conteúdo é a construção da responsabilidade da liberdade que se assume”.

Paulo Freire.


1.Apresentação
Essa oficina tem como objetivo discutir a importância de brincar nas escolas de educação infantil. Estas atividades ajudam a construir o conhecimento, podem ser entendidas como situações em que as crianças possam expressar diferentes sentimentos, podendo, gradativamente, aceitar a existência do outro. São atividades lúdicas que visam melhorar a socialização entre as crianças, fazendo com que vivenciem situações de colaboração, trabalho em equipe e respeito. Além de proporcionarem momentos lúdicos e prazerosos, fazendo com que a criança classifique, ordene, estruture, resolva pequenos problemas e sinta-se motivada a ultrapassar seus próprios limites. Enquanto brinca, a criança está pensando, criando e desenvolvendo, dentre outros fatores, o pensamento crítico.
A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividades lúdicas – considerando-se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.
Com brincadeiras e jogos o espaço escolar pode-se transformar em um espaço agradável, prazeroso, de forma a permitir que o educador alcance sucesso em sala de aula. Nós, educadores temos que ser multifuncionais, ou seja, não apenas educadores, mas filósofos, sociólogos, psicólogos, psicopedagogos, recreacionistas e muito mais, para que possamos desenvolver as habilidades e a confiança necessária em nossos educandos.
Portanto a linguagem de uma criança é o brincar, e com ela podemos estabelecer uma maior aproximação com as mesmas, adquirindo assim resultados positivos no que se diz respeito à formação de cidadãos críticos e de auto-estima elevada, confiantes do seu próprio e real papel na sociedade.
Mesmo com poucos recursos e muita criatividade podemos introduzir essa ferramenta do brincar em nossa sala de aula, construindo brinquedos e jogos com materiais que eventualmente iriam para o lixo, proporcionando assim o resgate a muitos brinquedos populares, hoje esquecidos e ao mesmo tempo fazendo com que a criança tenha mais prazer em brincar com brinquedos simples confeccionados por eles mesmos, resgatando assim o espírito infantil que está cada vez mais raro em nossa sociedade.



2. Objetivos

  • Geral: Melhorar a nossa qualidade de ensino dentro e fora de sala de aula indo além da inclusão.
  • Específicos:
- Mostrar a importância do brinquedo para aprendizagem infantil;
- Trabalhar a criatividade do educador na confecção do seu próprio material didático;
- Fazer com que o professor reflita e encontre varias maneiras de metodologias em sala de aula.
- Resgatar brinquedos e brincadeiras tradicionais;
- Trabalhar a alto estima e as especialidades das crianças na confecção de seus próprios brinquedos;
- Mostrar que todos podem confeccionar seus próprios brinquedos independente de suas limitações.


3.Desenvolvimento

3.1.O que é ser criança
A criança não é um adulto que ainda não cresceu. Ela tem características próprias e para se tornar um adulto, ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família, posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a escola.
O jogo é um meio de expressão de qualidades espontâneas ou naturais da criança, como recriação, momento adequado para observar a criança, que expressa através dele sua natureza psicológica e inclinações,” (Vives, 1612) pag.35
Foi preciso que houvesse uma profunda mudança da imagem da criança na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas atividades espontâneas, surgindo como decorrência à valorização dos jogos e brinquedos. O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do desenvolvimento infantil proporcionou um campo amplo de estudos e pesquisas e hoje é questão de consenso à importância do lúdico. Dentre as contribuições mais importantes destes estudos, segundo Negrine (1994, p. 41), podemos destacar:
  • As atividades lúdicas possibilitam a formação do auto conceito positivo;
  • Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento utilizando gestos nas brincadeiras, jogos e demais situações de interação;
  • Explorar: força, velocidade, resistência e flexibilidade conhecendo gradativamente os limites e possibilidades do corpo;
  • Apropriar-se  progressivamente da imagem global do próprio corpo, conhecendo e identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo;
  • As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mental-mente.
  • O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade;
  • Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação;
  • Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.
As características ou elementos fundamentais da brincadeira são: a situação imaginária, a imitação e as regras.” (Vygotsky, 1933) pág.36
Brincando a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua e cria. O brinquedo e a brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil, possibilitando a criança a desenvolver a sua inteligência, sua sensibilidade, habilidades e criatividade, além de aprender a socializar-se com outras crianças e com os adultos.
A brincadeira é compreendida como situação imaginária criada pelo contato da criança com a realidade social.” (Vygotsky, 1933) pág. 37
3.2.Teorias do brincar na visão de Piaget e Vygotsky respeitando a idade de desenvolvimento.
Tratando-se dos estágios gerais da atividade representativa para Piaget há três formas de pensamento representativo que são: a imitação, jogo simbólico e a representação cognitiva, solidária entre si e que evoluem em função do equilíbrio progressivo da assimilação e acomodação, (dois pólos da adaptação) e que determina o desenvolvimento sensório-motor.
A formação da linguagem, dos signos é algo social e coletivo. Através da evolução de seu pensamento a criança vai melhorando sua comunicação verbal com isso adapta-se às operações lógicas, porém inadequada à descrição individual de objeto ou a representação espacial infralógico. Não conseguindo ainda descrever detalhadamente experiências pessoais vividas.
Piaget caracteriza os jogos em três grandes tipos de estruturas: jogos de exercício, simbólico e de regras, constituindo os jogos de “construção” a transição entre os três e as condutas adaptadas.
O jogo de exercício que vai entre (0-2 anos), é, portanto o primeiro a aparecer e o que caracteriza o desenvolvimento pré-verbal ao qual tem início o jogo simbólico.
Na criança, a atividade lúdica supera os esquemas reflexos e prolonga quase todas as ações, com isso a noção do jogo de “exercício” pode ser, assim pós-exercício marginal, tanto quanto pré-exercício. Nesta fase a criança é egocêntrica sendo que ela brinca sozinha ou com a mãe.
O jogo simbólico tem início entre (2-6 anos), onde o símbolo implica a representação de um objeto ausente, (o jogo de faz de conta) visto ser comparação entre um elemento dado e um elemento imaginado, (representação fictícia), porquanto essa comparação consiste numa assimilação deformante. Ex: a criança que desloca uma caixa imaginando ser um automóvel representa simbolicamente, este último pela primeira e satisfaz-se com uma ficção, pois o vínculo entre o significante e o significado permanece subjetivo.
A diferença entre o símbolo e o jogo de exercício existe um intermediário, que é o símbolo em atos ou em movimentos sem representação.
A terceira grande categoria é o jogo de regras. Ao invés do símbolo o jogo de regras supõe, necessariamente, relações sociais ou interindividuais e tem início a partir dos sete anos. A regra é imposta pelo grupo, de tal sorte que, sua violação representa uma falta. Os jogos são transmitidos de geração em geração.
Exercício, símbolo e regra, parecem ser as três fases sucessivas que caracteriza as grandes classes de jogos, do ponto de vista de suas estruturas mentais. Essas fases assimilam uma transformação interna na noção de símbolo, no sentido da representação adaptada.
O sistema dos signos permite a formação do pensamento racional, enquanto que o símbolo é um significante “motivador” que testemunha uma semelhança qualquer com o seu significado.
Para Piaget a assimilação incorpora o objeto a esquemas já existentes que lhe dão um significado por isso a representação implica um duplo jogo de assimilações e acomodações atuais e passadas ao qual o equilíbrio entre elas envolve toda a primeira infância.
Com o aumento do equilíbrio consegue alcançar um certo grau de permanência, imitação e jogo que se integram as inteligências, alcançando o nível operatório, devido à reversibilidade que caracteriza o equilíbrio (a imitação torna-se refletida e o jogo torna-se construtivo).
Na segunda fase, entre (4-7 anos) de idade ocorrem transformações simultâneas, no jogo, na imitação e a representação das noções.
O pensamento egocêntrico caracteriza-se por suas contrações, ao invés de adaptar-se a realidade, assimila á ação deformando as relações segundo o seu ponto de vista (é o mundo do faz de conta) havendo por isso desequilíbrio entre assimilação e acomodação.
Aos sete, oito, anos o equilíbrio permanece mais estável havendo a reintegração e imitação da inteligência real do jogo e aos onze, doze anos é que as ultimas formas de jogo simbólico é finalizado com o início da inteligência.
Vygotsky em oposição à teoria de Piaget o critica pela falta de estudos sérios quanto à questão de aprendizado e desenvolvimento, e também de clareza teórica das teorias do desenvolvimento aplicados na educação. Acredita que os processos de desenvolvimento da criança são independentes do aprendizado. Considera o aprendizado um processo externo e independente e que não se envolve ativamente no desenvolvimento da criança.
Ex: dedução, compreensão, abstração, interpretação de causalidade, entre outros, ocorrem por isso mesma sem influência de aprendizado. Para Vygotsky o desenvolvimento do “Ser” foi ocorrendo com a história e a transição cultural da psicologia humana. Procura demonstrar as implicações psicológicas, por ser o homem um ser participante ativo de sua própria existência. Pensa que a criança em cada estágio de seu desenvolvimento adquire os meios para intervir de maneira competente em seu mundo e em si mesma. Para isso sendo importante criar situações estímulos auxiliares ou “artificiais” e que podem ser alteradas pela ação humana. Estímulos artificiais, que podem ser considerados da cultura da criança como a linguagem e também os estímulos produzidos pela própria criança como: o uso do próprio corpo, um sabugo que vira boneco, o carrinho com uma caixa... Tornando o brinquedo em um meio de desenvolvimento cultural.
Piaget e Vygotsky são observadores do comportamento infantil e compartilham a importância do organismo ativo. Vygotsky vai além pela sua visão dialética a qual o ser tem a capacidade de raciocinar usa a lógica, argumenta e discute situações e tem também a capacidade de se adaptar as diversas situações conforme o meio e o contexto cultural e suas transformações. Diz que, os sistemas funcionais do adulto são formados pelas experiências da criança em sua interação social achando essa mais importante que a teoria Piagetiana. 
Piaget coloca em destaque os estágios universais e com um suporte biológico enquanto que Vygotsky preocupa-se com as interações sociais em transformação e o biológico do comportamento humano. Diz que: “O meio ambiente não se resume só a situação objetiva a qual o organismo encontra-se. O meio efetivo é produto de uma interação entre características do organismo para experimentar a situação objeto”, não podendo existir um esquema universal de desenvolvimento interno e externo para todas as crianças.
A criança projeta-se nas atividades adultas de sua cultura através do brinquedo e ensaia papeis e valores (pai, mãe, irmãos, professores...), com o brinquedo a criança antecipa o desenvolvimento adquirindo motivação e habilidades necessárias a sua convivência social.
Winnicott também acredita na interação do adulto como exemplo para o bom desenvolvimento da criança inclusive ressaltando a importância da boa mãe (aquela que percebe modificações em seu filho e que lhe serve de exemplo).
Vygotsky acha pobre e incorreto definir o brinquedo como objeto de prazer para a criança. Considera que há jogos que não são prazerosos e inclusive podem causar desprazer. Diz também que o brincar da criança é o brinquedo sem ação, (pura imaginação).
Para Winnicott, os bebes num primeiro momento como é sabido assim que nascem tendem a usar o punho, e os dedos, em estimulação da zona erógena oral, para satisfação dos instintos.
A primeira possessão: a natureza do objeto; a capacidade do bebe de reconhecer o objeto como “não eu”; a localização do objeto fora, dentro, na fronteira; a capacidade de criar, imaginar, inventar, originar, produzir um objeto de um tipo afetuoso de relação de objeto.
Considera o objeto e fenômeno transacional a área intermediária entre a experiência e erotismo oral, entre a atividade criativa primária e a projeção do que já foi introjetado, o desconhecido primário de divida e reconhecimento desta.
O objeto transacional para Winnicott é muito importante para o desenvolvimento saudável da criança e para o equilíbrio do ser. A criança geralmente usa como objeto transacional um paninho, bico, franjas do travesseiro... Segundo as pesquisas do autor se por algum motivo a criança não tiver o objeto transacional à criança mais tarde apresentará algum tipo de distúrbio, desequilíbrio, por ser segundo “ele” o primeiro objeto fora do eu e que contribui como um apoio, um afeto, uma segurança para a criança. Diz também que a maternidade é muito importante na formação saudável do bebe, isto é que a “mãe” precisa ter a sensibilidade de perceber se seu filho está bem.
Vygotsky opõem-se à biogenética da recapitulação não identificando o desenvolvimento histórico da humanidade, com os estágios individuais de desenvolvimento. Acha que as habilidades humanas não estão presentes no recém nascido e que só começam a partir dos três anos de idade. Este é uma ponte de divergência entre Vygotsky e Piaget que acredita nos estágios de desenvolvimento e Winnicott que acredita no objeto transacional como primeiro objeto não “eu”.
Vygotsky acha que quando a criança imita no seu brincar o comportamento dos mais velhos está gerando oportunidade de desenvolvimento intelectual. No começo as brincadeiras são lembranças e reproduções de situações reais, após entra em jogo a dinâmica da imaginação e do reconhecimento de regras implícitas que dirigem as atividades reproduzidas em seu jogo, adquirindo um controle elementar do pensamento abstrato.
Para Winnicott o desenvolvimento intelectual, cognitivo, e social dependem essencialmente da relação da criança com o objeto transacional, que é o ponto culminante do bom desenvolvimento do indivíduo e a partir deste: a brincadeira de imitar a (mãe, irmãos, o pai, professor...), sendo estas também lembranças de como os adultos o tratavam e tratam. O brincar contribui para o crescimento e a saúde, conduzindo aos relacionamentos grupais e pode ser uma forma de comunicação na psicoterapia.
Winnicott estudou com afinco o brincar na infância, e interpretou este ato como uma liquidação de conflitos, e também como forma de comunicação.
O natural é brincar, se a criança não brinca, algo de patológico está ocorrendo e precisa investigar.
Vygotsky e Winnicott referem-se a pontos de referência para o desenvolvimento equilibrado do ser humano como: zona proximal e zona transacional que segundo suas pesquisas seriam o que permite o desenvolvimento em equilíbrio. Falam também da imitação e da referência do adulto, para a criança ao brincar, gerando oportunidade de desenvolvimento intelectual ao acessar lembranças, ao usar a imaginação e ao usar regras, o que irá contribuir na instrução escolar.

5.Metodologia
Com base em toda a nossa fundamentação teórica já explicita nesse trabalho, foi desenvolvida uma oficina de construção de jogos e brinquedos tomando como base, a matéria prima “sucata”, ou seja, reciclar materiais que antes iriam para o lixo e hoje podemos transformá-los em jogos pedagógicos e brinquedos com intuito de desenvolver a criatividade e imaginação de crianças da sala multifuncional, salas regulares e adultos. Nessa oficina serão confeccionados por todos, jogos e brinquedos com sucata, respeitando as fazes do desenvolvimento infantil e as limitações de cada um, com base em uma grande fundamentação teórica, nos quais os mesmos deverão ser utilizados em sala de aula para melhoria do ensino lúdico.
4.Considerações finais

Brincar é uma linguagem natural da criança, a mais importante delas.
A brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança expressa suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando um pouco de seu mundo.
Os jogos simbólicos ou brincadeiras de faz de conta são oportunidades valiosas para a criança aprender a conviver com pessoas diferentes entre si, compartilhar idéias, dividir brinquedos, assimilar regras, solucionar conflitos, experimentar papéis, etc.
Os objetivos do brincar na Educação Infantil são:
Conclui-se que, "o brincar" é o ato de movimentar-se e é de grande importância biológica, psicológica, social e cultural, pois é através da execução dos movimentos que as pessoas interagem com o meio ambiente, relacionando-se com os outros, aprendendo sobre si, seus limites capacidades e solucionando problemas. Pois é comum encontrar indivíduos que, não atingiram padrão maduro nas habilidades básicas, nas quais apresentam um nível inicial ou elementar, o que prejudicará todo desenvolvimento posterior, ressalta-se assim, a preocupação que os profissionais de educação física deveriam ter em relação ao conhecimento sobre a aquisição e desenvolvimento dos padrões fundamentais de movimento, elegendo-o como foco principal para o desenvolvimento da educação física pré-escolar e séries iniciais no ensino fundamental.
Pode-se dizer que o estudo das três teorias é muito importante para entendermos o brincar e o jogo no desenvolvimento da criança. Cada um dos teóricos apresenta pontos importantes do desenvolvimento da criança e que se unirmos os três saberes, teremos uma teoria mais completa sobre o desenvolvimento da criança.
Por fim, brincar é uma necessidade do ser humano, quando brinca ele pode aprender de uma maneira mais profunda, podendo relacionar pensamentos, criar e recriar seu tempo e espaço adaptando-se melhor as modificações na vida real. No momento da brincadeira a criança pode pensar livremente, pode ousar imaginar, não tendo medo de errar, fazendo de um pedaço de madeira o que quiser. Temos muito que aprender sobre a condução dos trabalhos com os pequeninos.




6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
FRIEDMANN, Adriana. O desenvolvimento da criança através do brincar. Ed. Moderna, 2006.
ALENCAR, Semiramis. A importância de brincar. (online). Disponível na Internet via WWW.URL:http://educandooamanha.blogspot.com/2007/10/importncia-de-brincar.html. Arquivo capturado em 09 de outubro de 2008.
Brasil, Ministério da Educação, Secretaria de Ensino Fundamental: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, volumes I, II, III. Brasília: MEC/SEF,1998.
LEMOS, Adriana. A importância de Brincar. (online). Disponível na Internet via WWW.URL: http://www.crechejeitodeser.com.b. Arquivo capturado em 09 de outubro 2008.
Piaget, J. A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.