quinta-feira, 6 de março de 2014

Educação Escolar de Pessoas com Surdez Atendimanto Educacional Especializado em Construção


A história da educação dos surdos passou por diferentes momentos históricos, desde a primeira escola para surdos, criação e aprendizagem de gestos (sinais metódicos), a imposição da oralidade até a construção de um novo olhar pautado em aspectos antropollógicos onde prima-se pela cultura surda.
Em decorrência do crivo da oralidade e da medicalização da surdez a marginalização vivida pelas comunidades surdas ocorreu em todas as instâncias possiveis, desde a representação acerca dos surdos até as estratégias pedagógicas no ambiente escolar.
O que fracassou na esucação dos surdos foram as representações ouvintistas acerca do que é o sujeito surdo, quais são seus direitos linguisticos e de cidadania, quais são as teorias de aprendizagem que refletem as condições cognitivas dos surdos, quais as epistemologias do professor ouvinte na sua aproximação como os alunos surdos, quais os mecanismos de paricipação das comunidades surdas no processo educativo.
Somente no século XX na decada de 1960, o olhar sobre os surdos começou a se deslocar da normativa da medicina para os estudos e observações educacionais. No Brasil a Lingua de Sinais é denominada Língua Brasileira de Sinais (LBS), também denominada LIBRAS, é uma lingua de modalidade gestual-visual, reconhecida como lingua natural dos surdos e constitui o “simbolo da surdez”. Hoje consideramos que a Língua de Sinais é o único meio efetivo de comunicação entre os surdos, possibilitando-lhes se desenvolver linguistico-cognitivamente.
Essa nova percepção frente às comunidades surdas, no último séclo, reconhece o status linguístico da língua de sinais e compreende que os surdos têm uma cultura surda. Entendendo aqui não como algo unico, estável, mas plural, representação de diferença.
Considerações como essa têm mudado as representações acerca da surdez, ocasionando na educação dos surdos significativas mudanças, exigindo que os professores desses alunos reavaliem e aprimorem seus métodos de trabalho onde os recursos didáticos estejam coerentes com o avanço tecnológico, e que a experiencia  visual continua-se como uma marca cultural e pedagogica em todo o processo de escolarização das pessoas surdas.

A diferença na percepção de mundo para as comunidades surdas perpassa as tambem uma interface relativa a experiência visual. Sabemos que o contato com o mundo a interação com o meio para os surdos se constrói a partir do canal viso-manual  e não através da oralização. Esse fato está diretamente ligado a construção cultural, e a visão que temos de nós enquanto sujeitos culturais, quais nossas impressões sobre o mundo, o que somos, para onde vamos? É nesse sentido que se torna tão importante falarmos da comunidade surda, pois é nesse contexto, que os valores culturais dessas pessoas, são criadas, nutridas e efetivamente vivenciadas.